terça-feira, 6 de abril de 2010

Trocas necessárias e já possíveis

Martha Neiva Moreira

No final do mês passado tive a oportunidade de estar em Manaus para o Fórum Internacional de Sustentabilidade, evento promovido pelo governo do Amazonas que reuniu empresários, ambientalistas, representantes do governo federal e sociedade civil em torno do tema preservação da floresta amazônica e o valor da floresta em pé. Fui conhecer uma unidade de conservação estadual no Rio Negro onde foi criada uma escola técnica, para a população ribeirinha, que integra o sistema público de educação do estado. O projeto é uma iniciativa da Fundação Amazonas Sustentável e tem como pano de fundo desenvolver a consciência nas crianças e jovens que a floresta vale mais em pé que derrubada.

Lá, a quase duas horas de Manaus de lancha, 80 alunos que moram até cinco horas de distância do local de barco irão aprender conteúdos ligados à área ambiental. Uma sala de computador, com máquinas novas e modernas, é espaço importante da escola, junto com uma biblioteca. Neste local nas margens do rio cor de coca-cola, esses meninos e meninas da floresta Amazônica terão a possibilidade de aprender sobre manejo florestal, permacultura, sistema de agrofloresta, sistemas sustentáveis, entre outros temas ambientais.

Mas, via web conseguirão ampliar sua pesquisa e saber, por exemplo, que em Ubatuba, São Paulo, um grupo de ambientalistas fundou o Instituto de Permacultura (Ipema) e que esta entidade atua em uma escola municipal da cidade com uma proposta de conteúdos ambientais semelhantes aos de sua escola do rio Negro. Só que lá, os meninos e meninas aprenderão a partir de informações sobre a Mata Atlântica, o bioma local. Esta troca, e outras tantas, seriam preciosas e poderiam muito bem serem feitas com o uso de tantas ferramentas que hoje já temos e que lá, no meio da floresta, já está acessível aos estudantes, na sala de informática da escola técnica do Rio Negro.

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