Marcos Ozorio
Polêmica provocada pelo lançamento de um canal de TV voltado especificamente para crianças com menos de três anos de idade, em 2009, por si só já é bastante proveitosa. Deixando de lado os possíveis prós e contras, a polêmica em si promove a discussão e a reflexão acerca de uma questão mais central e urgente: a qualidade dos produtos veiculados pela televisão, sejam aqueles produzidos especialmente para o público infantil, sejam os produzidos para as demais faixas etárias, mas igualmente consumidos pelas crianças.
É crescente, nos últimos tempos, uma relativa banalização de temáticas como a violência nos telejornais ou ainda a naturalização de conteúdos vulgares como a “pornografia” ensejada por alguns grupos musicais de qualidade duvidosa, que acabam promovendo uma erotização precoce da infância, sem esquecer do estímulo ao consumismo desenfreado presente nas campanhas publicitárias e no merchandising embutido nas novelas; todos amplamente divulgados pela grande mídia, incluindo, obviamente, a televisão. Problematizar estas questões junto a professores e pais é, no mínimo, responsável.
Creio que não se trata de satanizar ou santificar um canal de TV voltado para crianças muito pequenas, mas antes de trazer algumas discussões à baila, a saber: a qualidade e a natureza dos conteúdos exibidos e o tempo de exposição das crianças frente à telinha. A conjugação destes dois ingredientes pode ser decisiva para uma avaliação mais precisa do quanto a TV para bebês pode melhorar ou piorar suas vidas, ou seja, não se pode deixar de reconhecer que o contato , a relação que as crianças pequenas podem estabelecer com o mundo real é absolutamente valiosa e fundamental para o seu desenvolvimento, e que substituir isto pela experiência com a televisão pode comprometer, e muito, o desenvolvimento infantil. Entretanto, se não houver uma substituição de uma coisa pela outra, se a criança brincar de verdade, correr de verdade, conversar de verdade, tocar em pessoas de verdade e também assistir televisão por um número controlado de horas, exposta a conteúdos significativos para seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e emocional, arrisco dizer que ninguém sairá perdendo.
É crescente, nos últimos tempos, uma relativa banalização de temáticas como a violência nos telejornais ou ainda a naturalização de conteúdos vulgares como a “pornografia” ensejada por alguns grupos musicais de qualidade duvidosa, que acabam promovendo uma erotização precoce da infância, sem esquecer do estímulo ao consumismo desenfreado presente nas campanhas publicitárias e no merchandising embutido nas novelas; todos amplamente divulgados pela grande mídia, incluindo, obviamente, a televisão. Problematizar estas questões junto a professores e pais é, no mínimo, responsável.
Creio que não se trata de satanizar ou santificar um canal de TV voltado para crianças muito pequenas, mas antes de trazer algumas discussões à baila, a saber: a qualidade e a natureza dos conteúdos exibidos e o tempo de exposição das crianças frente à telinha. A conjugação destes dois ingredientes pode ser decisiva para uma avaliação mais precisa do quanto a TV para bebês pode melhorar ou piorar suas vidas, ou seja, não se pode deixar de reconhecer que o contato , a relação que as crianças pequenas podem estabelecer com o mundo real é absolutamente valiosa e fundamental para o seu desenvolvimento, e que substituir isto pela experiência com a televisão pode comprometer, e muito, o desenvolvimento infantil. Entretanto, se não houver uma substituição de uma coisa pela outra, se a criança brincar de verdade, correr de verdade, conversar de verdade, tocar em pessoas de verdade e também assistir televisão por um número controlado de horas, exposta a conteúdos significativos para seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e emocional, arrisco dizer que ninguém sairá perdendo.
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